(Arquivo NB)
Na
semana passada, você acompanhou a primeira parte do pacote
turístico pelas cidades históricas de Minas
Gerais preparado especialmente pelo NB. Foram apresentadas as
cidades de Congonhas, com sua maior coleção de esculturas
barrocas do mundo, Mariana, com o seu mais rico acervo de arte
sacra de Minas Gerais, e Ouro Preto, cenário de episódios
tão importantes da história do Brasil. Nesta edição,
você acompanha a segunda e última parte de nossa
viagem histórica com passagens pelas cidades de Diamantina,
com seu rico patrimônio arquitetônico, e São
João del Rey, terra de Joaquim José da Silva Xavier,
o Tiradentes.
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Diamantina
COMÉRCIO - Parte do mercado de Diamantina
Terra
de Chica da Silva e de Juscelino Kubitschek, a cidade de Diamantina
é outra que possui grande patrimônio histórico,
fruto do ciclo dos diamantes da história brasileira. Diamantina
possui muitos atrativos naturais, desde suas belas cachoeiras,
como a da Toca, com 15 metros de altura, e a Cachoeira das Sentinelas,
muito visitada por turistas, com pequenas quedas que formam piscinas
naturais. Na Gruta do Salitre, há um anfiteatro natural,
onde se realizam diversos concertos musicais. A entrada desse
anfiteatro peculiar é vertical, tem por volta de 10 metros
de largura e 80 metros de altura.
Animais
em extinção como lobo-guará, onça-parda
e suçuarana podem ser vistos no Parque Estadual do Biribiri,
uma área de 20 mil hectares com rica fauna e flora que
abriga, ainda, os vestígios da indústria têxtil
mineira. A beleza arquitetônica de Diamantina pode ser vistas
em lugares como a Casa Chica da Silva, administrada pelo Instituto
Brasileiro do Patrimônio Histórico Cultural, a Casa
do Inconfidente Padre Rolim, que abriga o Museu do Diamante, e
o Cruzeiro da Serra, que dá vista a todo o conjunto histórico
da cidade. Desde 1938, Diamantina foi tombada pelo Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, em 1999,
recebeu o título de Patrimônio Histórico da
Humanidade pela Unesco.
São
João del Rey
FÉ - Igreja São Francisco de Assis
HISTÓRIA - Brasil colonial na Rua Direita
Palco
de um triste episódio da Guerra dos Emboabas, o Capão
da Traição, quando paulistas foram emboscados e
mortos por portugueses, a cidade de São João del
Rey não fugiria de suas raízes históricas
se não fosse esse fato. Foi entre Tiradentes e São
João del Rey que nasceu Joaquim José da Silva Xavier,
o mártir inconfidente Tiradentes. Assim como as outras
cidades vistas nesta matéria, São João del
Rey também é famosa por seus monumentos históricos.
O solar de João Antônio da Silva Mourão, que
abriga o Museu do SPHAN, é um dos mais belos prédios
da cidade. No monumento do Cristo Redentor, no alto da Bela Vista,
é possível ter uma visão geral da cidade.
Uma curiosidade local é a linguagem dos sinos.
Os habitantes de São João del Rey já estão
acostumados a eles.
Por
eles, os cidadãos sabem onde será realizado algum
evento, se haverá ou não procissão, a hora
da missa, além de muitas outras informações.
Quando os sinos dobram fúnebres, os moradores locais conseguem
descobrir até mesmo se o falecido era homem ou mulher e
o horário do funeral. A maioria das igrejas da cidade segue
o padrão artístico do barroco mineiro, caracterizando-se
pela riqueza de seus altares dourados e seus ornamentos arquitetônicos.
O turista que vai a São João del Rey também
pode se encantar pelo artesanato. Lá, esse comércio
mobiliza pessoas de várias classes sociais, o que caracteriza
uma produção de estilos variados e ricas tendências,
em especial os produtos desenvolvidos com bordados, crochês,
rendas e metal amarelo, de origem indiana. Cidade produtora de
minérios como estanho, calcário, quartzo, cassiterita,
entre outros, São João del Rey é uma das
principais produtoras de ferro-gusa e ferroligas do Sudeste, com
11 empresas de extração mineral.
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