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Opinião - 27/11/2015 - NippoBrasil
Lama da morte

Junji Abe*

Não há consolo para a hecatombe que já matou 12 pessoas, deixou 11 desaparecidas quase um mês depois, desabrigou centenas de outras, dizimou milhares de animais e vegetais, condenou recursos naturais e comprometeu a biodiversidade de tal forma que não há previsão de recuperação nem para as gerações futuras.

O rompimento da barragem em Mariana (MG), catalogado como o maior desastre da indústria de mineração no País, desencadeou o tsunami de lama que matou o Rio Doce. E, junto, a fonte de vida de pessoas, animais e vegetais, ligados a ele. Espalhou-se um volume estimado de 40 bilhões de litros de lama. O material está contaminado por metais.

Não vemos os responsáveis pela tragédia – Samarco, mineradora da Vale e da anglo-australiana BHP Biliton – adotando medidas para reverter a contaminação. E nem para evitar novas ocorrências. Igualmente, não há punições à altura da gravidade da tragédia. Em outras nações, acidentes de menor proporção teriam desencadeado ações saneadoras e prisões em série.

Aqui no Brasil, tudo que se sabe é que não se sabe o que causou a ruptura da barragem do Fundão. Embora caríssimos, existem tratamentos para minimizar os impactos da contaminação. Porém, não serão levados adiante por conta da pasmaceira do poder público frente à tragédia. Apesar das desgraças, perduram a imprevidência e a impunidade.

Primeiro, a fiscalização varia de nula à deficiente. Segundo, se algo dá errado, o prejuízo financeiro da empresa é ínfimo, comparado aos danos socioambientais. Há situações emblemáticas no Alto Tietê, como a explosão do lixo depositado no aterro sanitário da Pajoan, em Itaquaquecetuba, ou o rompimento do duto de combustíveis da Transpetro, na Volta Fria, em Mogi das Cruzes. Em ambos os casos, o passivo ambiental persiste, sem que a aplicação de multas tenha forçado sua eliminação.

Enquanto o poder público no Brasil continuar cúmplice da política do descaso com a sociedade, praticada por empresas que mantêm atividades geradoras de risco socioambiental, estamos fadados a conviver com ameaças de reprises de tragédias. Se nada mudar, não tardará para que outras hordas de lama da morte cubram o território nacional, aumentando a conta do descalabro para as gerações futuras.





*Junji Abe é líder rural, foi deputado federal pelo PSD-SP (fev/2011-jan/2015) e prefeito de Mogi das Cruzes
(2001-2008)

Crédito da foto: Arquivo/Divulgação
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