A felicidade profissional vem quando trabalhamos em algo que verdadeiramente
tem a ver com nossa vocação. Quando não trabalhamos
de acordo com nossa missão pessoal, ficamos irritados, de mau humor,
entediados, e, por consequência, não conseguimos servir a
ninguém.
Um artista pode trabalhar como bancário, mas terá de ser
um bancário artístico, para não perder
o amor à vida e ao trabalho. Se lutar contra sua essência
e apagar sua sensibilidade, fará um grande mal a si próprio
e, provavelmente, não economizará dinheiro para se tornar
artista 24 horas por dia.
Talvez você esteja com vontade de dizer que se sente frustrado
porque precisa trabalhar com algo que não tem nada a ver com você,
mas garante seu salário. Se isso não tem nada a ver com
você, acabará sendo demitido por falta de competência.
Sabe por quê? Porque está trabalhando sem paixão,
não sente desejo de estudar para se aprimorar, e seu resultado
será comprometido. O amor tem de vir em primeiro lugar, mesmo que
você esteja interessado em dinheiro. O respeito à sua vocação
tem de ser total e então todas as bênçãos virão
em seguida.
Se você está frustrado com sua profissão, é
chegada a hora de uma revisão de vida. Aproveite esse momento para
analisar qual é a sua verdadeira vocação, seus talentos,
e vá atrás de seu sonho. Talvez você precise de algum
tempo para essa transição, mas não se abandone atrás
de uma mesa, fazendo algo que não tem nada a ver com você,
até chegar o glorioso dia da aposentadoria.
A maior parte das pessoas escolhe uma profissão por motivos que
nada têm a ver com sua vocação. Alguns a escolhem
pelo glamour que supõem existir em algum tipo de trabalho. Uma
pessoa deve escolher uma profissão não pelo prestígio
social que possa haver nessa atividade, mas por ser a preferência
de sua alma.
A frustração chega quando a pessoa descobre que, com o
glamour, vêm junto inúmeras tarefas aborrecedoras que somente
aqueles com uma verdadeira vocação para essa profissão
fariam com prazer. Por mais que escolha a profissão de acordo com
sua vocação, haverá inúmeras tarefas difíceis
de cumprir, mas que você realizará por amor e respeito à
sua missão e às pessoas que dependem de sua competência.
Há também aquelas pes-soas que, por causa da crise econômica,
escolhem uma carreira pensando em seu retorno financeiro. O que dá
dinheiro? Informática, telecomunicações, tecnologia
da informação? Poucas percebem que optar por uma profissão
sem paixão é como se casar sem amor com alguém muito
rico.
Por fim, existem aqueles que escolhem a carreira para evitar problemas.
São os novos empresários, que pretendem montar um negócio
porque não querem ter chefes e logo descobrem que ter negócio
próprio é transformar cada cliente num chefe. E, se não
tinham capacidade para entender um, como poderão servir a 50?
Qualquer que seja sua idade, é importante analisar se você
está realizando sua vocação. Fazer uma mudança
radical requer esforço, mas é melhor se esforçar
para girar o barco no rumo do seu coração do que ter de
se arrastar todos os dias para um trabalho que não tem nada a ver
com você.
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