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Arquivo NippoBrasil - Edição 085 - 4 a 10 de janeiro de 2001
 
O paradisíaco Nordeste
Férias no Nordeste... Ah que delícia! Não há lugar melhor onde se possa curtir uma bela praia, sol, mar, gente bonita, sossego ou diversão. Curta nosso Brasil! Separamos algumas cidades para você curtir esse verão.
 

(Fotos: Reprodução / Divulgação)

Porto Seguro
Todo santo dia, sem exceções, rolam festanças para mais de 2000 pessoas até as gloriosas 4 da matina, faça chuva ou faça sol. Esse abrigo da curtição em tempo integral é Porto Seguro ou simplesmente Porto, como preferem seus moradores e fiéis visitantes.

Quem não quiser acreditar que atire a primeira pedra — de gelo, por favor, que o calor é arretado. A primeira cidade a cair na folia os 365 dias do ano tem uma longa e reconhecida história de pioneirismo. Você sabe muito bem que esse pontapé inicial foi dado há cinco séculos, quando em Porto Seguro começaram como a miscigenação e o próprio Brasil.

Em outros endereços, as barracas se contentam em ser um abrigo para proteger-se do sol, bebericar uma “geladinha” e traçar uma isca de peixe. Mas aqui são outros 500. Em Porto Seguro, à beira do mar, a coisa muda da cerveja para o capeta — o drinque local, que mistura guaraná em pó e bebida alcoólica. As barracas podem ter as dimensões de um estádio de futebol, a estrutura de um shopping center, as opções de um clube e, ainda, diversos ambientes, cada um fazendo soar um gênero musical — sempre ao vivo e quase sempre com aulas gratuitas de dança. Por isso, as maiores ousam se definir como centros de lazer, complexos de lazer ou casas de espetáculos.

Entre uma festa e outra, pode-se descansar em praias tranqüilas assim sobra-se tempo, espaço e capeta para todos, principalmente no verão, quando a população chega a triplicar juntando-se ao seus 60 mil viventes. Sobram motivos, também, para explicar porque, afinal, Porto Seguro é tão procurada quanto picolé na praia.

Podemos começar pelas belezas naturais, tão generosas quanto as medidas das dançarinas de axé. A região tem enseadas, baías, falésias, rios e coqueiros. Muitos coqueiros. Tem também um número de visitantes que acelera a cada temporada.

Evidentemente, o privilégio de ser o centro nordestino de lazer mais próximo das maiores cidades do país tem muito a ver com essa procura. Até porque os preços dos pacotes turísticos saem mais baratos.


Porto de Galinhas
Até alguns anos atrás, Porto de Galinhas era o segredo mais bem guardado do Nordeste. Com 18 quilômetros de praias cheias de coqueiros e piscinas naturais, a 58 quilômetros de Recife, era um paraíso dividido apenas entre os pescadores locais e os veranistas mais descolados de Pernambuco.

De repente, porém, foi descoberta por gente famosa, ganhou as colunas sociais do País inteiro e começou a atrair grupos cada vez maiores de turistas, principalmente de São Paulo. Em dois ou três verões, suas pousadas simples ganharam a companhia de seis hotéis bem equipados.

Além da beleza de suas praias, o sucesso de Porto de Galinhas também está no charme de ser um centro urbano pequeno, descontraído e alegre, onde anônimos e famosos podem caminhar tranqüilos pelas areias e dividir uma jangada até as piscinas naturais.

Talvez por influência do tom azul-esverdeado de suas águas, que lembram o Caribe, os drinques coloridos e cheios de enfeites são uma mania local, mas o café da manhã nos hotéis, à base de tapioca, cuscuz e macaxeira com charque, não nos deixam esquecer que estamos mesmo no Nordeste.


Morro de São Paulo
Temos algumas boas notícias para os moradores das grandes cidades brasileiras. A primeira: existe um lugar, em nosso País onde as ruas não têm buracos. A segunda: nesse lugar não há carros para caírem nos buracos. A terceira:nesse lugar não existe nem ao menos ruas asfaltadas para trafegarem carros que possam cair nos buracos. E aqui está o endereço: Morro de São Paulo, pequena vila da ilha de Tinharé, a 270 quilômetros e 30 minutos de lancha de Salvador, na Bahia.

Esse clima de vilarejo de novela das sete ganha realce com algumas relíquias da época colonial, como um portal erguido em 1628, uma igreja do século 19 e a Fortaleza de São Paulo, um conjunto de muralhas do século 17 que soma quase 700 metros de extensão. Esta bem dosada mistura de praias, simplicidade e pitadas históricas hoje atrai turistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A vila é bem dosada: tem praias tranqüilas, gente bonita, história, boa comida e, acima de tudo, personalidade

A mais agitada é a Segunda Praia. É lá que acontece, toda noite, o tradicional Luau do Morro, uma festa que começa depois das onze e, no verão, costuma esticar até o sol aparecer. O axé e o reggae em altíssimo volume escapam dos alto-falantes das barracas Ponta da Ilha e Caitá que, em respeito aos ouvidos dos visitantes, se revezam na empreitada.

Mas mesmo com toda essa “muvuca” na alta temporada, Morro ainda é chamada de “Porto Seguro de dez anos atrás”. Ou seja, é um lugar que está na moda, mas ainda não chegou ao limite do insuportável. Até porque ainda é lugar de gente bonita, esclarecida, preocupada em não jogar lixo na praia e mobilizada para que tudo continue exatamente do jeito que está. Há uma simpática confraria de nativos, paulistas, cariocas, novos baianos e até italianos defendendo Morro com unhas e dentes.


Natal
Todos os dias, duzentos buggies sobem e descem o mar de dunas, como velhos galeões galgando ondas. O mar acaba logo ali, dá para ver da areia, embora às vezes pareça uma miragem de tão transparente.

A diferença é que não há silêncio. O motor grita na areia, levanta os grãos, irrita os olhos. E as dunas vão sendo vencidas, uma a uma, como vagalhões de águas tempestuosas, pelos pequenos e bravos buggies. Uma espécie de símbolo de Natal. Quem nunca enfrentou uma duna num veículo desses não sabe o que é essa sensação.

Natal fica na ponta direita do Brasil, onde o mapa faz a curva. Fica ao norte do Recife e ao sudeste de Fortaleza. Vôos, cada dia mais econômicos, unem o resto do país a Natal.

Natal não deve nada para lugar nenhum. Ela é uma das mais perfeitas conjunções de mar, areia e sol do País.

É verdade: 50 anos atrás Natal mal constava dos mapas. A cidade foi, por séculos, um incipiente povoado. Documentos mostram que, 150 anos depois de oficialmente fundada, numa missa que aconteceu no dia de Natal - sim, o nome vem daí - a cidade era um lugarejo de apenas 118 casebres.

Foi a chegada dos americanos, porém, que tornou a cidade conhecida. E isso só aconteceu porque algum cartógrafo do Pentágono calculou que, entre todas as terras do Brasil, Natal era a que mais próxima ficava da África, o que podia, então, ser considerada uma posição estratégica.

Foi nessa época que nasceu o termo forró, corruptela do inglês for all (para todos) que era como os americanos chamavam os bailes de arrasta-pé que os militares realizavam para se integrar à comunidade (alguns historiadores contestam essa história, argumentando que o termo forró seria originário de forrobodó).

Não é preciso, porém, mais do que uma tarde para explorar todas as atrações históricas de Natal - e ainda assim sobrará tempo para assistir ao pôr-do-sol a bordo de uma cerveja gelada. Natal é simples assim. Embora já conte com 700 mil habitantes, pode-se dominá-la quase instantaneamente. A porção central da cidade é comum. As praias dessa parte também não têm muita graça, especialmente se comparadas com o que há por perto. A chamada Praia dos Artistas, que alguns folhetos tentam apresentar como “encantadora” é, na verdade, um lugar deteriorado pelo primeiro boom de turismo dos anos 70, que deixou a paisagem cheia de prédios de gosto duvidoso e uma concentração promíscua de botecos, barracas e lojinhas. O lugar só tem graça de noite, porque alguns estabelecimentos oferecem música ao vivo e ali funciona o movimentado Chaplin Shopping Night, que, por trás do nome pomposo, esconde um conjunto de bares, boates e restaurantes muito freqüentado.

Desta parte para o sul, Natal esparrama-se em dois setores distintos, separados pelo imenso Parque das Dunas, área protegida por lei. O que passa longe da costa é a porção moderna da cidade, endereço de shoppings e condomínios onde os natalenses vivem. Já do outro lado das dunas, espremida entre elas e o mar, estendem-se os dez quilômetros da Via Costeira, que unem o centro à Ponta Negra. Assim como Paris tem a Torre Eiffel e o Rio, o Pão de Açúcar, a marca registrada de Natal é o Morro do Careca. Não é nada tão diferente assim: apenas um trecho de colina, com uma faixa de duna arrancada à vegetação, lembrando o corte de cabelo dos índios apaches (ou seriam os moicanos?). Porque, embora sejam apenas montes de areia ao sabor dos ventos, as dunas do Rio Grande do Norte se prestam a todo tipo de diversão. A mais simples delas é o chamado Esquibunda, modalidade que, como o nome explica, acopla o poder deslizante da duna à aerodinâmica das nádegas, produzindo o efeito de um escorregador. Ela é mais apreciada quando há água embaixo, porque o passeio termina num prazeroso “tchibum”! Porém, embora singelo lazer, a esquibundagem anda na mira dos preservacionistas.


Jericoacoara
Jeri já tem luz e o mundo não acabou. Pelo menos por enquanto. As noites esplendidamente estreladas ganharam um silêncio que o povo nem lembrava que existia, tantos anos conviveu com o rosnar monótono de dezenas de geradores de luz. O cheiro de óleo diesel queimado, que a brisa do mar nunca deixou se tornar um incômodo mais forte, também não se sente mais. Nem os cearenses imaginavam que possuíam tamanho tesouro 320 quilômetros ao norte de Fortaleza.

Por falta de referência, tampouco os próprios moradores do povoado tinham idéia de que viviam numa localização tão especial. Mas Jeri é, sim, digna da fama que se espalhou. Se você nunca veio para cá, imagine o seguinte: 20 quilômetros sertão adentro há uma grande lagoa de água doce acomodada nas curvas de um mundão de areia. Na beirada dessa lagoa limpinha, cujas águas mudam de cor conforme a época do ano, fica o que se pode, com alguma boa vontade, chamar de cidade, até porque já constava dos mapas cearenses há muitos anos. Pronto: isso é Jericoacoara. Isso e mais um céu azul de 300 dias por ano, um sol forte amenizado pela brisa que nunca pára e a rala vegetação de alagadiço, comum nesses confins do Ceará.

De toda maneira, ainda que Jeri seja, de fato, uma rara viagem possível a um paraíso em mutação, não são antropológicos os motivos que atraem os turistas. Mais que o despertar do progresso, os visitantes querem mesmo é curtir o sol na Praia da Malhada, tida como a melhor para os banhistas em Jeri. Ou mergulhar na água doce da Lagoa do Paraíso – a tal que começa em Jijoca e espalha-se dentro das dunas.

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